Bate e pula como a bola.
Gira e cai sem desânimo, é esta criança brincando.
Raios do sol batendo nas águas da cachoeira e os seus gritos jubilosos por trás do arco-íris colorindo a sua festa.
Perguntas sobre tudo, e nem tudo sei te responder, mas sente-se aliviado por não ser o único a não entender.
Pequeno, calado e observador. Mas, feliz é esta criança descobrindo as guloseimas na cozinha que a sua mãe fazia para a sua alegria.
Pião girando, pipa voando.
É a sua imaginação pedalando até a criatividade que se desperta como a força do crepúsculo de sua fantasia.
Balanças,
Balanças e
Balanças.
Até ouvir o canto do passarinho:
" Vem brincar comigo Carlinhos, porque hoje é domingo.
Vem voar comigo Carlinhos, porque o céu está a segredar baixinho.
Vem cantar comigo Carlinhos, porque à noite vem vindo.
Vem dançar comigo Carlinhos, porque este sonho está se esvaindo.
Vem amar comigo Carlinhos...
Porque a rua onde tu moras é escura e triste. E o chão ao qual te deitas é frio e sujo. E as pessoas que passam por ti não olham nos teus olhos padecidos."
Todos os dias Carlinhos tem o mesmo sonho, até o passarinho o trazer para a realidade.
domingo, 18 de janeiro de 2009
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Um abraço
Descobri a importância do abraço numa situação muito infeliz.
Uma situação de morte.
Parece ser incompreensível este tipo de alusão.
Acontece quando perdemos uma vida que completa a nossa existência Refiro-me a esta lembrança ausente do abraço que não foi vivido.
Sempre que te abraçava, eu me desdobrava desta inconfundível imobilidade e apreciava as batidas do seu coração unidas ao meu peito, dançava em seus braços e me tornava única nestes breves instantes do cingimento. E quando nos distanciávamos, víamos mutuamente como aquele abraço chegava ao fim liberando uma substância de contentamento permanente.
E a percepção do abraço não se tornava somente um cumprimento, mas a soma da felicidade que nos alimentavam. Eu sentia uma sensação infinita quando os seus braços afortunados me acolhiam tão solenemente.
Eu desejei tanto sentir isto novamente, antes de sua partida.
Uma situação de morte.
Parece ser incompreensível este tipo de alusão.
Acontece quando perdemos uma vida que completa a nossa existência Refiro-me a esta lembrança ausente do abraço que não foi vivido.
Sempre que te abraçava, eu me desdobrava desta inconfundível imobilidade e apreciava as batidas do seu coração unidas ao meu peito, dançava em seus braços e me tornava única nestes breves instantes do cingimento. E quando nos distanciávamos, víamos mutuamente como aquele abraço chegava ao fim liberando uma substância de contentamento permanente.
E a percepção do abraço não se tornava somente um cumprimento, mas a soma da felicidade que nos alimentavam. Eu sentia uma sensação infinita quando os seus braços afortunados me acolhiam tão solenemente.
Eu desejei tanto sentir isto novamente, antes de sua partida.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
A passagem
Como é triste não poder sentir a companhia
De uma frase amiga em momentos de euforia.
Porque a tristeza invade o som da minha bela melodia.
E ela me acompanha nos rumos
Em que o vento sopra esses grãos de rebeldia.
Chamaria a minha desilusão de:
Pura essência da minha própria covardia.
Essas mãos com as quais me banho
Me dizem em uma triste sinfonia
Que a água que me embebeda
Ao correr em minha pele
Não é nada mais do que o choro do pessimismo preso
Na serena face da criatura mais sofrida.
E a vida me prende no desassossego desta crise doentia.
Esta vida fornece a luz para o lampião,
Em sua jornada diária, porque os pobres não encontraram
O fornecimento da claridade nas lâmpadas em terras já evoluídas.
E a escuridão ocupa essas casas
Mas o lampião sustenta a luz como se fossem asas
Abrigando a vida das aves em sua tristeza de voar solitário.
Até que encontra um bando que segue no céu
Formando o sorriso que nasce ao término da tristeza finda.
E a união dos pontos cria uma linha feliz
Nas nuvens do céu por onde passa este revoado.
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